OBSERVATORIO

Um espaço de cooperação entre sujeitos pertencentes à ESCOLA ARGENTINA CASTELLO BRANCO, que juntos à Comissão de Direitos Humanos (GRE Metropolitana Norte) da Secretaria de Educação de Pernambuco, visam implementar formas sistemáticas de organização e execução de tarefas. Para tanto, coletamos informações sobre a política de educação em DH, identificamos os obstáculos para efetivação de uma educação mais humanística e disseminamos as boas práticas, de modo a melhorar a política pública de educação. Nosso objetivo é divulgar informações sobre a situação da educação em DH na nossa escola, ampliando, conscientizando, sensibilizando e pressionando os setores, para melhor promoção desta prática. Visamos contribuir para a redução da violação desses direitos, através da reconstrução da identidade social dos jovens observadores, criando espaço participativos em grêmios estudantis, oportunizando o desenvolvimento dos pontos de vista dos jovens sobre essa problemática, de modo a torná-los mais atuantes e capazes de intervir na definição de políticas públicas, em especial da política de educação em direitos humanos.

Quem era Castelo Branco

Humberto de Alencar Castelo Branco nasceu em Fortaleza-CE, em 20 de setembro de 1897, filho do general Cândido Borges Castelo Branco, e de dona Antonieta Alencar Castelo Branco. Por parte da mãe, era, pois, descendente do romancista José de Alencar. Por parte do pai, vinha de uma linhagem a que pertencia, por exemplo, a escritora Raquel de Queirós.
     Passou a primeira infância no interior de seu Estado e, aos 8 anos, foi enviado a estudar em Recife. Como não conseguisse acompanhar a classe (seu professor o considerava um retardado), sua mãe trouxe-o de volta ao Ceará, ficando, então, aos cuidados das irmãs Vicentinas, que lhe proporcionaram os primeiros conhecimentos.
     Aos 14 anos seguiu para Porto Alegre, longe da família, matriculando-se na Escola Militar. Era filho de general, mas era pobre, e sua idade no registro foi adulterada para 12 anos, a fim de garantir a gratuidade do ensino. Lá teve como companheiros Juarez Távora, Riograndino Kruel, Amauri Kruel, Ademar de Queirós, Artur da Costa e Silva e outros que o acompanhariam na carreira até os postos mais altos do Exército.
     Formou-se oficial na Escola Militar do Realengo (Rio de Janeiro), cursando em seguida a Escola de Comando do Estado Maior do Exército, a Escola Superior de Guerra da França (o treinamento militar brasileiro estava conveniado com os franceses) e, finalmente, a Escola de Comando e Estado-Maior dos Estados Unidos.
  
   Em 6 de fevereiro de 1922 casou-se com dona Argentina Viana, irmã do historiador Hélio Viana, com quem teve dois filhos: Antonieta (o mesmo nome da avó, que falecera dois meses antes) e Paulo. O casamento trouxe à mostra o lado profundamente sentimental de Castelo. Dona Argentina foi o grande elo de sua vida: acompanhava-o, quando possível, a operações de campanha; na Segunda Guerra Mundial, separados pelo grande oceano, tornou-se a inspiradora de uma série de cartas nas quais o então tenente-coronel, livre da censura, derramava seus comentários a respeito da guerra e dos que se achavam à sua volta.
     Argentina Viana Castelo Branco morreu em 1963, quando o general era comandante do 4º Exército, em Recife. Tornou-se, então, a imagem que lhe seguiria os passos inspirando-o nas decisões. Enquanto Presidente, sua filha fez-lhe as vezes de primeira-dama, mas a presença espiritual da esposa serviu para humanizar o velho militar, tornando menos duros os atos punitivos e incentivando-o no objetivo, afinal frustrado, de restabelecer a democracia até o término de seu governo.
     Ao assumir a Presidência, o general Castelo Branco passou para a reserva, recebendo em consequência o título de marechal, o que, na época, acontecia automaticamente. Ele mesmo eliminou essa prática, que chamava ironicamente de "título de pensão", já que a finalidade maior era a de aumentar o soldo do militar. Mas, antes de eliminar a regalia, garantiu essa promoção ao general Costa e Silva, que estava vencendo seu tempo para cair na compulsória.